Uma pesquisa realizada pela Accenture registra que 59% dos homens e 57% das mulheres estão insatisfeitos com seus trabalhos
Até pouco tempo, mudar de emprego não era bem visto por muitas empresas e executivos. A verdade é que isso tem se tornado cada vez mais frequente nos dias de hoje. Segundo o IBGE, a taxa de desemprego caiu pela metade nos últimos 10 anos, de 12,4% em 2003 para 6% em 2011.
Os motivos que levam os executivos a deixarem seus trabalhos já são conhecidos: falta de reconhecimento, de motivação, de um plano de carreira, de uma vida equilibrada, salários baixos e outros. Uma pesquisa realizada pela escola de negócios Wharton e divulgada pela revista Exame em maio, revela que trazer executivos de outras companhias custa 18% e que nem sempre eles rendem conforme as expectativas da contratante.
Se preparar o talento internamente leva cerca de 7 anos para que tenham entregas no mesmo nível de quem vem de fora (que levaria cerca de 2 anos), e considerando o risco de 61% de que os novatos não atinjam os objetivos, vale se atentar ao que esse movimento de executivos quer dizer.
Acredito que, além dos sinais saudáveis do mercado, com boas oportunidades e perspectivas, tem também um movimento individual de se permitir ir em busca do emprego dos sonhos! Esse movimento tem tudo a ver com o que Carl G. Jung chamou de fase da metanóia ou como é popularmente conhecido “crise da meia idade”. Essa fase é, em geral, vivida por muitas pessoas na faixa dos 35 aos 40 anos de idade, onde há um questionamento profundo quanto a sua missão e propósito de vida! Que pode ir além da questão profissional.
Não tem um evento marcante, mas para os que já viveram isso, eles/elas são capazes de dizer o momento em que despertaram com tal questionamento. Normalmente descrevem como “falta algo”, “não me sinto completo” ou “tem algo a mais, além de tudo isso, que é mais importante…”. A verdade é que aqueles que possuem maturidade e autoconhecimento passarão por essa fase e encontrarão o tão desejado emprego dos sonhos! Certamente farão a transição com planejamento e sucesso. No geral, esse é o relato de muitos que viveram essa experiência.
Porém os que ainda apresentam insegurança não estão atentos aos sinais sutis dos sentimentos, das experiências vividas, e não se permitem esse olhar para dentro, desistirão desta busca por receio do que os outros vão pensar, por medo de colocar em risco a falsa ideia do emprego “seguro”, mesmo que não estejam felizes e se identificando com o que fazem.
Outra pesquisa realizada pela Accenture registra que 59% dos homens e 57% das mulheres estão insatisfeitos com seus trabalhos. A maioria está em busca de autenticidade, equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, desejos de superar desafios. A grande verdade é que um profissional infeliz, ainda que ganhe bem, não contribuirá para a organização e apresentará piores resultados do que aquele que ganha à média do mercado e trabalha feliz!
Sem dúvida, os que têm talento, maturidade e autoconhecimento se permitem mais a viver e ousar em busca do emprego dos sonhos e encontram a tal felicidade.
O que importa é estar conectado com sua missão de vida, seu propósito e busca constante de auto realização com uma visão macro do sistema e do universo, indo muito além de preocupações do senso comum e ter mais a ver com uma busca e realização de seus próprios desejos. Isso sim é autenticidade! E essa é uma competência muito bem valorizada por empresas saudáveis que estão com as portas abertas para todos, permitindo esse movimento.
Como diria um grande sábio William Shakespeare, “Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar”.
Seja autêntico e principalmente, busque autoconhecimento e terá o emprego dos seus sonhos! Boa sorte!
Fonte: Administradores.com
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